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Intestino e imunidade

O intestino é considerado como nossas “raízes” por varias correntes orientais como a macrobiótica, a dietética chinesa e a Medicina Ayurvédica, devido a sua função na absorção de nutrientes. Mas pouca importância tem sido dada a este órgão principalmente pela nutrição atual mais conservadora, entretanto sabemos que a Dietética Energética Chinesa usa pouco laticínios, pois é um grande produtor de fleuma e umidade. Por esta razão, a dietética energética associa o leite a doenças alérgicas respiratórias, sinusite, rinite.

A medicina biológica considera que o leite de vaca é causador de vários tipos de alergia. “Pessoas nascidas de 1946 e 1964, sobretudo nos Estados Unidos viveram num período em que a facilidade moderna estimulava a troca da amamentação mãe/filho pelas mamadeiras à base de leite de vaca.
Entendendo que bebês nascem com intestinos relativamente porosos, uma versão natural do que nos adultos chamamos de “Síndrome do intestino irritável” (decorrente de falhas de vedação). Neste quadro a flora intestinal fica bastante comprometida e as membranas das mucosas do intestino criam pequenas lesões ou “buracos”, que permitem a passagem de substâncias externas. Para um bebê essa é uma condição normal e essencial. O bebê precisa absorver facilmente tudo o que ingere, afinal de contas, bebês crescem numa velocidade espantosa. Seu peso pode dobrar depois de seis meses e triplicar depois de um ano. Para um desenvolvimento tão rápido, eles precisam de todos os nutrientes que conseguem ingerir.” Na MTC podemos associar este fato a transformação pelo PI (Baço),Qi do Fei (Pulmão)e Jing (Essência).

“O leite materno é um alimento perfeito para os bebês, atravessa facilmente as paredes intestinais e é absorvido pela criança sem problemas, este leite é fundamental para a formação imunológica da criança.
Quando a amamentação materna não ocorre por algum motivo, a maioria dos bebês se alimenta de uma fórmula baseada no leite de vaca. Ocorre que o leite de vaca atravessa o intestino da criança e parte dele é usada como nutriente, mas do ponto de vista genético, o bebê humano é programado para digerir leite materno.

Hoje em dia o leite de vaca comercial é misturado na fábrica a partir do leite de muitos animais. Portanto, o bebê que bebe esse leite recebe informação imunológica de vários rebanhos. Todas as proteínas da vaca atravessam os intestinos porosos do bebê, muitas delas – as quais não estão presentes no leite humano – são reconhecidas como substância estranhas pelo sistema imunológico da criança localizado ao longo do intestino delgado, onde os nutrientes são absorvidos na corrente sanguínea.

Esse sistema intestinal é chamado de “Placas de Peyer” – pequenas glândulas linfáticas que representam 80% de todo nosso sistema imunológico. Num recém- nascido, elas chegam a formar 98% do sistema imunológico e quando detectam proteínas “estranhas” ao organismo, podem produzir antígenos contra elas.
A exposição a estas proteínas após dezoito meses de vida não causa a mesma reação, pois o intestino da criança já se fechou. Invés de penetrarem no organismo, essas grandes moléculas de proteínas são detidas e digeridas antes da absorção. A digestão mais desenvolvida permite que sejam digeridas pelas enzimas em seus aminoácidos constituintes que já não são alergênicos.

Cada vez que as placas de Peyer entram em contato com uma destas proteínas “estranhas”,” avisam ao organismo o que resulta numa mucosa intestinal altamente inflamada e leva a danos a flora intestinal que estimula a digestão e protege o intestino. Já que o alérgeno primário é ingerido dia após dia, mais cedo ou mais tarde o intestino e a flora ficam danificadas, as paredes delicadas e finas do primeiro sofrem pequenas lesões.

Este quadro clínico é denominado de “Síndrome do intestino irritável” e pode causar um grande estrago no sistema imunológico intestinal.” Curiosamente lembrando que o Endoderma está relacionado com o revestimento epitelial do trato digestivo e do sistema respiratório. Os chineses entendiam esta relação pelo menos à 500 anos, sabiam que reações alérgicas comprometem o intestino e afeta o sistema respiratório comprometendo o Qi de defesa.

“Alergias secundárias se desenvolvem porque as membranas intestinais danificadas são tão permeáveis que outras moléculas ainda não plenamente digeridas conseguem atravessá-las. Dentro da corrente sanguínea são reconhecidas como agentes agressores. Alergias secundárias podem surgir a qualquer momento da vida de um ser humano e são percebidas porque normalmente tem relação com a histamina. Isso significa que elas são acionadas não pelas placas de Peyer, mas por mastócitos (células situadas sobretudo no tecido conjuntivo) que liberam histamina. A reação é geralmente rápida e bastante dramática: náusea, irritação ou vermelhidão da pele, inchaço, sobretudo da garganta e dores de cabeça intensas. A maioria das pessoas tem consciência de suas alergias secundárias. ” “Qi de defesa e Calor”

“As alergias primárias, por outro lado, são um pouco insidiosas e de identificação mais sutil, pois ao contrário das alergias histamínicas secundárias, que nos afetam de imediato, as primeiras levam até três dias para se manifestar. É por isso que em geral as pessoas não associam o sintoma ao alimento alergênico. Se for um alimento comum, que você come quase todos os dias, os sintomas sempre estarão presentes, amplificando-se gradualmente com o tempo.

Quando você mobiliza 80% de seu “exército” para se defender contra o perigo das alergias alimentares, não restam “tropas” suficientes para lutar em todas as batalhas” imunologicamente importantes contra infecções e até contra o câncer”. Além disso, os danos inflamatórios das alergias primárias reduzem a superfície dos intestinos, o que é de importância vital para a absorção dos bons nutrientes de que você precisa.”

Percebemos que disbiose intestinal está diretamente ligada às alergias respiratórias. A acupuntura, a fitoterapia e principalmente a aceitação e comprometimento do cliente em modificar seu hábitos alimentares são fundamentais para uma resposta de sucesso no tratamento.

Este texto surgiu da leitura dos seguintes livros:

  • DOUGLASS, William Campbell
    The Milk Book
  • LEITE, Carlos Eduardo
    Nutrição e Doença
  • RAUL, Thomas
    The Swiss Secret to Optimal Health
  • JINGFEN, Cain
    Eating Your Way to Health –Dietotherapy in Traditional Chinese Medicine

Imagem de Mulher caminhado de pés descalços numa rua de terra

Sobre o ato de caminhar.

Caminhando vamos movimentar os intestinos aumentando a eliminação de fezes por estimulo peristáltico, se andamos rápido ou se corremos os intestinos massageiam a vesícula que vai ser estimulada a liberar bílis para o próprio intestino destoxificando o fígado, por isso que em medicina chinesa dizemos que fazer exercício promove a circulação do “Qi” energia do fígado. Outra coisa o coração movimenta o sangue, mas quem faz realmente o retorno venoso é a panturrilha a “batata da Perna” que favorece o sangue de retorno. Vamos aumentar a respiração oxigenando nossos tecidos e vamos suar ajudando o corpo a eliminar toxinas. Todas as células imunológicas vão estar mais eficientes pois  estarão circulando junto com o sangue em maior precisão.Muito mais coisas acontecem como maior estímulo renal aumentando a vontade de urinar. Então vamos caminhar?

Toxidade ambiental e o surgimento de doenças crônicas

 

Talvez há muito tempo você venha sofrendo de enxaqueca, rinite, sinusite, dores crônicas, alergia, dificuldade de se concentrar, fadiga crônica e a memória vem falhando.

Você já recorreu a vários médicos e a outros profissionais de saúde e até hoje carece de um diagnóstico preciso. É possível que você esteja sofrendo de uma doença inflamatória crônica sub clínica. Talvez você já tenha se perguntando ou esteja decepcionado de alguma forma com a medicina convencional.

As doenças crônicas se constituem a maioria das enfermidades atuais, representando o grande desafio para a medicina tradicional contemporânea.

“Infelizmente hoje a medicina atual não apresenta resposta satisfatória e etiológica para o tratamento dessas doenças, seja endócrina, metabólica, doença que compromete o fígado, o rim, doenças dos ossos.” Se hoje você perguntar ao seu médico qual a origem de determinada doença crônica possivelmente vai ouvir que a doença é idiopática (desconhecida) ou então ele vai apelar dizendo que a sua doença tem origem emocional, no stress ou é de ordem psicossomática. “Isso porque a grande maioria das doenças crônicas carece de diagnóstico etiológico e de terapêutica efetiva, sendo tratada de forma sintomática e paliativa.
“Aqui o meio ambiente internamente alterado pela ação humana não é levado em consideração como agente provocador da doença. Na medicina convencional o indivíduo é o ponto central da doença e toda a investigação é voltada para o corpo desse indivíduo e assim se coloca um ponto final na busca da causa da doença.” Essa forma convencional de tratar influenciou todo o pensamento sobre saúde, contaminando todas as áreas da saúde; cito aqui a nutrição, a fisioterapia, a biologia, a química …

“É difícil aceitar que o meio ambiente esteja envolvido em várias patologias como o câncer, as doenças reumáticas, as doenças neurológicas, as enxaquecas crônicas, a insuficiência renal, a hipertensão e todas as enfermidades que evoluem de forma crônica e persistente.

É difícil aceitar a participação do homem na modificação da natureza e na alteração do equilíbrio fisiológico do organismo ocasionado por esta mudança.

Em tempos remotos não se acreditavam na existência de microorganismos como fungos, bactérias, vírus e que pudessem ser responsáveis por várias enfermidades.” Essa noção de seres invisíveis não era aceitável principalmente nos centros universitários da época, era um pensamento muito “fantasioso” para a ciência. “Foi preciso que através de experiências imensuráveis se provasse a existência desses microorganismos vivos e sua relação com diversas doenças.” Para se ter uma ideia, lavar as mãos para uma intervenção cirúrgica podia ser motivo de chacota entre os cirurgiões.

Hoje não se contestam mais essa realidade dos seres “invisíveis” microscópios e muitas doenças que causam mortes foram evitadas e possíveis de ser tratadas.

“Atualmente novos seres invisíveis vem invadindo o corpo humano sem serem reconhecidos como causadores de doenças. Esses seres são sutis e habilidosos, invadem o corpo humano sem serem reconhecidos. Esses agentes não deixam rastros e nem provocam reações imediatas, mas são de grande astúcia e provocadores de doenças.

Eles agem de forma lenta, minando progressivamente a resistência orgânica do indivíduo, sua identificação é mais difícil e delicada do que a dos fungos , vírus e bactérias.” São eles: metais tóxicos, agentes químicos ou biológicos presentes no ar, na água, nos produtos de limpeza, nos utensílios de cozinha. Estão presentes nos alimentos agindo diretamente ou em combinação entre eles.

Alimentos cultivados com defensores agrícolas, desvitalizados, processados excessivamente e que perderam muito de seus nutrientes, transformados em compostos estranhos, muito tóxicos e venenosos, que são diariamente ingerido, inalados e que lentamente vão enfraquecendo nossas defesas orgânicas tornam o organismo humano vulnerável às mais diversas doenças.

“Nesse exato momento nosso organismo está se relacionando com mais de 100.000 moléculas químicas, e que após a revolução industrial especialmente a partir da segunda metade do século
XX vem aumentando de forma desproporcional. Atualmente até é possível estimar a inocuidade de uma molécula química de maneira isolada, mas como podemos avaliar a ação da interação de um grande número de partículas químicas que se encontra em nosso meio?”

Precisamos nos dar conta que o excesso de substâncias químicas em sua maioria quando liberada no ambiente, dispersadas nos rios e no mar, no ar, nos alimentos, na composição de medicamentos químicos comercializados sem controle ou prescritos de forma pouco criteriosa, substâncias químicas que invadem nossa moradia diariamente embutidos em produtos de limpeza e de higiene pessoal atuam perturbando cronicamente nosso sistema fisiológico que exaustivamente tenta excretar substâncias tóxicas que há longo prazo ocasiona múltiplas alterações comprometendo o sistema reprodutor, nervoso, imunológico, metabólico, causando o surgimento de uma variedade de enfermidades.

De forma crônica e persistente essas substâncias químicas que em doses ínfimas e “consideradas inofensivas”, quando se misturam aleatoriamente acabam se transformando em um coquetel externamente tóxico e perigoso para o organismo, essas substâncias tóxicas denominadas de xenotoxinas quando acumuladas no organismo comprometem profundamente o sistema de auto-regulação e de excreção, e, terminam acumuladas cronicamente no fígado, no tecido adiposo, entrando no organismo de formas diversas; pelos pulmões quando respiramos, através dos alimentos modificados e contaminados que vão alterar a microbiota e a permeabilidade intestinal circulando no sangue, pelo contato com a pele. Atuando como desinterruptores endócrinos levando o organismo a um profundo estado de estresse crônico e de desregulação. Essas substâncias acabam se acumulando como metal pesado e na maioria das vezes impossível de ser excretada pelo processo fisiológico.

Sua presença no meio ambiente pode ajudar a explicar o surgimento em grande escala de determinadas doenças crônica (diabetes, alergias, sobrepeso inclusive o câncer).

“Ignoramos todavia a frequência e como essas substâncias contaminam nosso organismo. Não podemos tolerar sem questionar que a cada dia se diagnostiquem mil novos casos de câncer. Só na França e na Espanha segundo dados de 2012, foram diagnosticados 208.268 casos de câncer em apenas um ano, o equivalente a 570 casos por dia. O índice de câncer infantil aumenta de maneira exponencial há algumas décadas segundo a PNUMA Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente 2012 OMS”

Esse texto surgiu da leitura dos seguintes livros:

  • Nutrição & Doença, Um estudo da conexão entre alimentos e moléstia.
    Carlos Eduardo Leite
    Editora Ibrasa
  • The Swiss Secret Optimal Healt
    Dr. Thomas Rau
  • Plantas doentes pelo uso de Agrotóxicos
    Francis Chaboussou
    Ed.Expressão popular
  • Le livre anti toxique
    Dr. Laurent Chevallier
    Ed. Librairié Arthème Fayard

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